LIXÃO DE CAMPINA GRANDE: um problema mal resolvido
LIXÃO DE CAMPINA GRANDE: um problema mal resolvido
Robert Richard
A pacata cidade de Puxinanã está localizada no agreste do Estado da Paraíba, com, aproximadamente, 13 mil habitantes. É a três quilômetros dali que fica localizado o aterro sanitário, que seria a “solução” do problema do lixão da minha cidade, Campina Grande, de quase 400 mil habitantes, que terminou gerando um problema gigantesco para nossa vizinha Puxinanã.
A população que reside nas mediações do aterro foi a primeira a sofrer as consequências. Ela passou a conviver com os urubus em seus pequenos lagos de água potável, com risco da contaminação de suas terras, além da transformação do espaço geográfico rural numa gigante pirâmide de lixo.
Sem dúvida, o aterro de Puxinanã é um problema ambiental fruto dos interesses políticos dos dois municípios envolvidos na sua implantação. Ali, sem tratamento adequado, ele acabou se tornando um lixão, já que a única diferença entre os dois são os muros e portões que o distancia dos olhos da população.
Segundo o prefeito da minha cidade, na época, Veneziano Vital do Rego, o referido aterro havia sido projetado de acordo com as normas exigidas pela SUDEMA (Superintendência de Administração do Meio Ambiente) e continuava funcionando de acordo com elas.
Já os moradores da pequena Puxinanã discordam, descrevendo aquele aterro como um verdadeiro descaso com o meio ambiente, além dos prejuízos dos agricultores que moram no setor, que viram suas propriedades perderem seu valor.
Diante dessa problemática, uma das formas para resolver o problema seria uma nova avaliação das condições do aterro, adequando-o às exigências da lei de resíduos sólidos, e o seu fechamento se não houver uma saída mais viável.
Entretanto, a forma mais apropriada para minimizar o problema do lixo das nossas cidades, sem recorrer a lixões ou aterros sanitários, seria através de políticas de incentivo a cooperativas de reciclagem, dando um fim mais lucrativo, apropriado e seguro para os resíduos que produzimos.
eir kids live in cemetery (BWNToday)